Friday, June 30, 2006

Compromisso minimal sério

Acabar assim a semana, nem que seja às 02h da madrugada:

Wayne Thiebaud - Woman in Tub

O toque que faltava

O toque polifónico patriótico no seu telemóvel é possível, por impossível que pareça. O Hino Nacional. Nem mais. Podem comprovar e ouvir aqui, por exemplo.

"Toma lá, dá cá " ou "Estranhas Coincidências" ou ainda "Indicadores de Confiança"

Pauline Palmer pela manhã

Patsy-1914

Thursday, June 29, 2006

Quando o telefone toca


Há rede nas profundezas do Metro de Lisboa. É inegável. O problema é conseguir falar. O barulho ensurdecedor das carruagens em andamento convertem qualquer pessoa normal, num histérico, caso decida atender o telefone. Até aqueles que andam permanentemente prevenidos, cujo telefone toca quando estão em casa e os vizinhos do terceiro quarteirão abaixo e acima ouvem o toque, até esses têm dificuldade em ouvir o telefone tocar dentro do Metro. Em contrapartida, a CP, cujas linhas são à superfície, já tem um problema de outra natureza. Se houver rede que permita que o telefone toque timidamente durante um segundo é uma sorte, porque no segundo a seguir ficamos sem rede e nem tivemos oportunidade atender o telefone. Escusado será dizer que a ligação à Internet sofre do mesmo mal. A intemitência deste acontecimento pode levar qualquer um à loucura, em especial aqueles tencionem aproveitar o tempo para trabalhar numa viagem Lisboa-Porto, por exemplo.

Parece paranóia

Li um artigo na revista "The Economist", de 27 de Maio, que a dada altura dizia que muitas empresas americanas têm mais do que um computador, com diferentes níveis de segurança, por trabalhador. Um para navegar, outro para guardar documentos importantes, outro para não sei mais o quê, e por aí fora...

Daniel Plante pela manhã

Concerto en trois temps

Wednesday, June 28, 2006

Inocente Ironia

Hoje, no percurso da escola para casa, as minhas filhas decidiram recordar o fim de tarde de Domingo e a mais velha desata aos gritos dentro do carro, imediatamente seguida pela mais nova:

- POR-TU-GAL, POR-TU-GAL, POR-TU-GAL, POR-TU-GAL, POR-TU-GAL, POR-TU-GAL!

A mais velha cansa-se e decide parar de gritar, mas a mais nova, de dois anos, estava muito emocionada e continua a cantar tão alto quanto pode . Eis senão quando começo a tomar atenção e oiço:

- MUR-TU-GAL, MUR-TU-GAL, MUR-TU-GAL, MUR-TU-GAL!



(Lembrei-me agora que o título deste post podia ter sido: "Se eu fosse supersticiosa...")

Ódios de estimação

Ouvia há pouco, durante uns curtos segundos porque não aguento muito mais, numa rádio, uma música cujo título é: "AI SE ELE CAI" e pensei:

Ninguém canta tão mal tão bem como Os Xutos e Pontapés!

Desculpem os fãs,mas eles cantam tão, mas tão mal!

Um Renoir ao fim do dia

A boy with a cat - 1868/69

Um Renoir pela manhã

Seated Bather - 1893

Tuesday, June 27, 2006

O utopia num PuZzLE



(TR)

Continuamos a ser um povo com espírito de travessia?

(TR)

(...o povo da margem sul do Tejo não tem alternativa... )

Urbanos junto ao rio

(TR)

"À mulher de César não basta parecer,..."

Julguei que Novo Regime de Apoio às Artes introduzisse alguma coisa de NOVO no Regime de Apoio às Artes. Não se vê nada de novo. Vê-se sim, alguma preocupação na redução de custos por parte do Ministério e logo, mais mecanismos de comparação e a procura de mais apoios comunitários que, ou muito me engano, ou servirão os mesmos de sempre. A ideia é ter uma cultura (apenas)mais independente; mas suficientemente dependente para não permitir que haja lugar a uma cultura verdadeiramente independente.

Monday, June 26, 2006

A oportunidade perdida

Às vezes, quando estou mais irritada, digo às minhas filhas que me apetece muito gritar alto ...
Hoje, passada meia hora do fim do jogo Portugal-Holanda, o barulho na rua era enorme com carros a apitar e pessoas a gritar.
A minha filha mais velha, de três anos, que estava emocionadíssima com a excitação dentro e fora de casa, pegou-me na mão, e com o olhar na direcção da varanda, perguntou-me:
- mamã, hoje não te apetece gritar alto?

A dúvida (II)

Será que nos devemos orgulhar de jogadores profissionais de futebol tão malcomportados, irresponsáveis e que não têm qualquer pejo em mostrar um enorme baixo nível em campo?

Sunday, June 25, 2006

A dúvida

Por que motivo há sempre um político português para ser entrevistado e tecer considerações sobre o jogo de futebol, antes e/ou depois do mesmo?

O estado das coisas hoje

Rene Magritte - Orange Head

Saturday, June 24, 2006

Detalhes

(TR)


(TR)

Quando nasce o sol...

(TR)

"Quando o sol chegou, aos subúrbios da cidade, anunciando mais um dia igual aos outros,..."

Jorge Palma em Passos em Volta, conhecem?

Thursday, June 22, 2006

O jogo da escolha múltipla

Afinal...

Graças ao croqui e a este seu comentário, soube que há em Serralves uma exposição sobre o Dacosta. O Dacosta não é um artista "fácil", mas vale a pena investir em conhecê-lo melhor!!

Wednesday, June 21, 2006

Porque eu

torcendo por Portugal naturalmente, tenho uma enorme simpatia por boa parte da América Latina, aqui fica uma insignificante homenagem:


(TR)

Quando a falta de pretexto é o melhor pretexto

Este é um dos meus poemas predilectos. O tema, a forma, o ritmo, cada palavra, tudo nele me parecem fabulosos. Há algum tempo que me apetecia partilhá-lo, mas, não sei bem porquê, nunca encontrei um pretexto convincente para o fazer. Faço-o agora, mesmo sem pretexto. Deixo-vos aqui apenas um excerto da parte final, porque ele é algo longo.


(TR)

Cântico negro

(...)

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátrias, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios.
Eu tenho a minha Loucura!
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...

Deus e o Diabo é que me guiam, mais
ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou,
- Sei que não vou por aí!

José Régio em Poemas de Deus e do Diabo, 1925

Tuesday, June 20, 2006

Exposição "Picasso Tradición Y Vanguardia"

Este post recordou-me que estive a ponto de ver, pelo menos, uma parte desta exposição há uns dias atrás, não fora o tempo ter-se esgotado. A exposição está dividida entre os museus do Prado e Reina Sofia. E mistura parte das obras da colecção permanente nos museus e outras significativas ou simbólicas com as de Picasso. Penso que é uma experiência a não perder para quem puder lá ir. Um dos quadros que gostava muito de ver não é de Picasso. É este de Goya:

Los fusilamientos del 3 de mayo - 1814
Goya
(TR)

Monday, June 19, 2006

O maior vencedor do Mundial diz-se no feminino


Em especial por causa da Sport TV que nos obriga, pelo menos a mim, a sair de casa para ver um jogo de futebol de um Mundial. Ei-la:



E é claro que se vir os jogos num sítio de grande nível:



Espaço escultural

(TR)

Mas obsessão, obsessão

é qualquer um dos trabalhos "Fonte de Sintra" do António Dacosta, como por exemplo este genial trabalho reincidente neste blogue:


Fonte de Sintra - 1987

E porque hoje se vendeu um Klimt a preço nunca antes visto,

aqui fica este belíssimo trabalho de Vieira da Silva, que bem podia constar do meu Inventário de Obsessões....


Vieira da Silva - Biblioteca

Sunday, June 18, 2006

Depois da chuva , do alto do Cabo Sardão

porque as palavras nem sempre chegam para exprimir o arrepio que nos vem do horizonte...

(TR)

Três notícias retidas

- Finalmente ouviu-se a sentença do "Caso Vanessa": dezoito anos de prisão para a avó, e catorze anos de prisão para o pai. O advogado da família da menina veio imediatamente dizer que as penas eram demasiado pesadas, até porque nem todos os factos haviam sido devidamente apurados, ou coisa que o valha.
Mas alguém, para além daquele advogado medonho, acha que dezoito anos de prisão ou mesmo os vinte cinco anos de prisão máxima, seriam uma pena pesada para tão hediondo crime?


- Ainda dentro da mesma linha, o Parlamento Europeu instou as autoridades portuguesas a fazerem tudo o que puderem para que haja severidade na punição dos responsáveis pela tortura até à morte do transexual, Gisberta.
Não é isto lamentável? Não é lamentável que até o Parlamento Europeu tema que nada seja feito? Esperemos para ver o resultado deste "empurrãozinho".


- Apenas mais um desconhecido cientista português, José Silva, a brilhar obrigatoriamente lá fora e a encher-nos de orgulho saloio cá dentro. Eu confesso-me um desses saloios orgulhosos!
A notícia: "Cientista português identifica gene que reverte células adultas em estaminais"

Se eu fosse supersticiosa

creio que a minha vida podia ter mudado esta semana por causa destes TRÊS episódios. Ora vejamos o que vos parece:

1º- Publiquei no Flickr antes de ir de férias esta semana , uma fotografia de uma das minhas filhas. Alguém decidiu comentar a fotografia com o aviso de que lhe parecia muito estranho, mas irresistível, dizer que aquela imagem lhe trazia à memória a expressão da sua pequena irmã que tinha morrido num acidente de viação há seis anos atrás;

2º- Chego à praia de Odeceixe e vou ao bar da praia deliciar-me com uma fatia de bolo caseiro que a dona do bar faz diariamente. Quem me serviu o bolo foi o marido da senhora, que sorrindo hesitante e num tom nostálgico me disse que eu era terrivelmente parecida com uma namorada que ele tivera e que morreu ainda muito nova num acidente de viação. Eu, algo desconcertada mas conhecendo-lhe a simpatia arrisquei dizer que esperava que, apesar disso, sempre que me visse lhe viessem boas recordações à memória. Ele abriu um sorriso, piscou-me o olho e disse: - nem imagina...! Peguei no bolo e fui-me sentar;

3º- Num dia à noite, depois de um belo pargo grelhado, voltámos para casa. À porta de casa, que dista uns 30m da praia, está uma bela cobra com cerca de 40cm de comprimento, que mal pressente a minha presença estática a olhá-la incrédula, desata a atravessar a rua. Pensei que, em momentos assim, desatasse aos gritos, ou a correr para trás, mas não. A sensação foi aquilo que julgo ser sentir a cobra subir por mim acima e enrolar-se no meu pescoço tentando asfixiar-me. Desnecessário será dizer que tive dificuldade em dormir nos dias seguintes...


E no regresso não resisto a partilhar isto convosco:

esta é, para mim, a mais bela praia que conheço:

(TR)

e esta, a longa, lenta, lânguida Ribeira de Odeceixe que vai desaguar na mesma belíssima praia ao fundo:

(TR)

E se julgam que choveu de dia nesta praia, enganam-se. Não choveu um único dia, choveu apenas de noite. Há seguramente "santos populares" que gostam de ir à praia! E este sítio, se não é, parece abençoado!

Saturday, June 10, 2006

Mas antes uma versão ao piano


Carregar no play para ouvir:



Giant Steps do genial John Coltrane.




Friday, June 09, 2006

intervalo


O poema que me apetece

Cruzou por mim, veio ter comigo, numa rua da Baixa

Cruzou por mim, veio ter comigo, numa rua da Baixa
Aquele homem mal vestido, pedinte por profissão que se lhe vê na cara,
Que simpatiza comigo e eu simpatizo com ele;
E reciprocamente, num gesto largo, transbordante, dei-lhe tudo quanto tinha
(Excepto, naturalmente, o que estava na algibeira onde trago mais dinheiro:
Não sou parvo nem romancista russo, aplicado,
E romantismo, sim, mas devagar…),

Sinto uma simpatia por essa gente toda,
Sobretudo quando não merece simpatia.
Sim, eu sou também vadio e pedinte,
E sou-o também por minha culpa,
Ser vadio e pedinte não é ser vadio e pedinte:
É estar ao lado da escala social,
É não ser adaptável às normas da vida,
Às normas reais ou sentimentais da vida -
Não ser juiz do Supremo, empregado certo, prostituta,
Não ser pobre a valer, operário explorado,
Não ser doente de uma doença incurável,
Não ser sedento da justiça, ou capitão de cavalaria,
Não ser, enfim, aquelas pessoas sociais dos novelistas
Que se fartam de letras porque têm razão para chorar lágrimas,
E se revoltam contra a vida social porque têm razão para isso supor.

Não: tudo menos ter razão!
Tudo menos importar-me com a humanidade!
Tudo menos ceder ao humanitarismo!
De que serve uma sensação se há uma razão exterior para ela?

Sim, ser vadio e pedinte, como eu sou,
Não é ser vadio e pedinte, o que é corrente:
É ser isolado na alma, e isso é que é ser vadio,
É ter de pedir aos dias que passem, e nos deixem, e isso é que é ser pedinte.

Tudo mais é estúpido como um Dostoievski ou um Gorki.
Tudo mais é ter fome ou não ter que vestir.
E, mesmo que isso aconteça, isso acontece a tanta gente
Que nem vale a pena ter pena da gente a quem isso acontece.

Sou vadio e pedinte a valer, isto é, no sentido translato,
E estou-me rebolando numa grande caridade por mim.

Coitado do Álvaro de Campos!
Tão isolado na vida!
Tão deprimido nas sensações!
Coitado dele, enfiado na poltrona da sua melancolia!
Coitado dele, que com lágrimas (autênticas) nos olhos,
Deu hoje, num gesto largo, liberal e moscovita,
Tudo quanto tinha, na algibeira em que tinha pouco, àquele
Pobre que não era pobre, que tinha olhos tristes por profissão.

Coitado do Álvaro de Campos, com quem ninguém se importa!
Coitado dele que tem tanta pena de si mesmo!

E, sim, coitado dele!
Mais coitado dele que de muitos que são vadios e vadiam,
Que são pedintes e pedem,
Porque a alma humana é um abismo.

Eu é que sei. Coitado dele!

Que bom poder-me revoltar num comício dentro da minha alma!
Mas até nem parvo sou!
Nem tenho a defesa de poder ter opiniões sociais.
Não tenho, mesmo, defesa nenhuma: sou lúcido.

Não me queiram converter a convicção: sou lúcido.

Já disse: sou lúcido.
Nada de estéticas com coração: sou lúcido.
Merda! Sou lúcido.

Álvaro de Campos

Já nada nos impressiona


"Cem viaturas de luxo foram compradas em Portugal no passado mês de Maio" noticia a revista Sábado.
A crise existe sim, mas é selectiva.

Projecto preliminar para uma Recuperação e Revitalização da Baixa-Chiado

"O projecto preliminar para A Recuperação e Revitalização da Baixa-Chiado no Desenvolvimento Competitivo da Cidade de Lisboa foi apresentado esta semana a autarcas, comerciantes, agentes imobiliários e órgãos de informação no auditório do Centro Nacional de Cultura. Maria José Nogueira Pinto, vereadora responsável pela nomeação do Comissariado da Baixa-Chiado e sua coordenadora afirmou que o projecto só pode ir em frente se houver um empenhamento coordenado da Câmara Municipal e do Governo, que é dono de uma boa parte do património. Também sublinhou que, se o projecto for aprovado, terá de ser integrado no novo Plano Director Municipal. Outra condição essencial para levar a bom porto este projecto é o reconhecimento da Baixa como património universal pela UNESCO. "
Excerto da notícia Baixa-Chiado tem de ser vista como uma nova Expo, do Diário Económico de 09-06-2006


É sem dúvida uma boa notícia. Fiquemos à espera de saber no próximo dia 22 de Setembro, as respostas às questões "o que fazer, como fazer, quando fazer e com que dinheiro", conforme vem também anunciado na notícia. De qualquer forma, a ideia do plano concertado para a Baixa Lisboeta cada vez mais decadente é mais do que uma boa notícia, é uma urgência. Apesar de não nutrir grande simpatia pela vereadora Maria José Nogueira Pinto, admiro-lhe a clareza na apresentação das suas ideias e acredito que ela esteja decidida a fazer um bom trabalho para realizar este projecto, assim como a traçar um bom rumo no seu futuro. Faz bem! Esperemos.

Thursday, June 08, 2006

changing ideas

(TR)

PUB

Parece que para além do Funes, el memorioso no seu post "Solenes Embirrações" mais alguém se lembrou de abordar o tema no El País de hoje:

(TR)




Wednesday, June 07, 2006

Não é isto a América Latina?

(TR)

Nota: mural

Tuesday, June 06, 2006

Três notas sobre o Plano Nacional de Leitura

"O Plano Nacional de Leitura, aprovado por esta Resolução, define um conjunto de estratégias destinadas a promover o desenvolvimento de competências nos domínios da leitura e da escrita, bem como o alargamento e aprofundamento dos hábitos de leitura, designadamente entre a população escolar.

Como principais acções a desenvolver no âmbito do Plano Nacional de Leitura, destacam-se:

a) A promoção da leitura diária em Jardins-de-infância e Escolas de 1.º e 2.º Ciclos nas salas de aula;

b) A promoção da leitura em contexto familiar;

c) A promoção de leitura em bibliotecas públicas e noutros contextos;

d) O recurso aos meios de comunicação social e a campanhas para sensibilização da opinião pública;

e) A produção de programas centrados no livro e na leitura a emitir pela rádio e pela televisão;

f) O apoio a blogs e chat-rooms sobre livros e leitura para crianças, jovens e adultos.

Para assegurar a comunicação dos programas e iniciativas e a interacção com as escolas e com todas as entidades envolvidas, será construído um site, em permanente actualização, com orientações de leitura para cada idade e instrumentos metodológicos destinados a educadores, professores, pais, bibliotecários, mediadores e animadores e eventuais voluntários. Do mesmo modo, prevê-se ainda acções de formação presenciais e on-line destinadas a educadores, professores, mediadores e voluntários.

No quadro da divulgação do Plano Nacional de Leitura junto da sociedade civil, podem ainda ser chamados a colaborar na sua execução escritores, ilustradores, criadores e outras entidades que se disponibilizem a participar em acções ou a promover iniciativas.

Por último, esta Resolução nomeia a mestre Maria Isabel Girão de Melo Veiga Vilar para o cargo de Comissária do Plano Nacional de Leitura."


Três notas sobre este assunto:


1. Praticamente todas estas iniciativas que o Plano pretende adoptar, indicadas em cima de "a" a "f", estão já a ser postas em prática há anos nas escolas, nas bibliotecas, houve e há programas de TV e rádio sobre livros, há blogues sobre livros, etc. Quanto às campanhas de sensibilização, não servem de nada. Se conseguirem converter a leitura numa moda, "a moda de ler", acredito que possa ter algum sucesso. (Peçam ajuda aos "Morangos com Açúcar")


2. Saramago, na sua infeliz intervenção sobre este assunto, tem também razão quando diz que a leitura pertence a uma elite. É um facto. Quem teve o privilégio de no seio da família, ou a capacidade para individual ou colectivamente, em qualquer altura da sua vida, perceber o poder da leitura e sentir-lhe o gosto convertendo-a num vício, do qual se extraem generosos proveitos, pertence efectivamente a uma elite restrita, a elite dos que lêem e gostam de ler.

3. Mais do que um, dois, três, quatro Planos Nacionais de Leitura, quem tem feito muito para pôr as pessoas a ler como eu nunca tinha visto são os jornais gratuitos. Às 10h da manhã entro no Metro e já esgotaram. Entro nas carruagens e há inúmeras pessoas a ler os jornais. Parados nos semáforos, vejo também inúmeros carros a abrir a janela para receber o jornal. Será que alguém da comissão gigantesca criada para pensar a estratégia, consegue analisar, perceber e utilizar o que for pertinente neste fenómeno em proveito do Plano?


Sunday, June 04, 2006

Rau de relíquia


Este é um dos quadros da Colecção Rau que se pode ver no Museu Nacional de Arte Antiga. São 95 quadros excepcionais. Vale imenso a pena ver. Hoje, domingo, estava naturalmente, imensa gente. Vi a exposição em pouco mais de meia hora. Tenho alguma dificuldade em visitar uma exposição que me obriga a tomar mais atenção ao vizinho do lado para não o pisar, do que às obras expostas. Mas fazem umas visitas guiadas às quartas-feiras de tarde. Creio que vou voltar para conhecer alguns detalhes da colecção, do coleccionador e da doação da sua colecção à Unicef.


Woman with rose, Renoir

Hoje

às 19h:



às 20h:

(TR)

Saturday, June 03, 2006

good evening sun, good morning moon

(TR)

Friday, June 02, 2006

E pensar qe há quem faça longas horas de viagem atrás de um paraíso...

(TR)

A propósito do assunto: Mobilidade na Função Pública

discutido hoje de manhã no Forum TSF , que ouvi durante uns minutos, fiquei impressionada com a quantidade de pessoas que diz: "PARTELEIRA".

Thursday, June 01, 2006

A propósito ainda...

da fotografia do post anterior, lembrei-me agora que ainda não visitei a Feira do Livro, que é um sítio onde gosto mesmo de ir...

A propósito também...

(TR)

de uma iniciativa que ninguém percebeu ainda em que consiste, o Plano Nacional de Leitura. O que se sabe é que foi constituída uma comissão de honra com 108 CONVIDADOS! Um deles é Saramago, que hoje, entre muitas coisas, disse basicamente que a iniciativa não serve para nada. Mas Saramago já não espanta ninguém, embora seja incompreensível que alguém que pense o que ele diz que pensa, aceite integrar a lista. Infelizmente, eu também suspeito que a iniciativa não passa de um plano de boas intenções.

A propósito...

(TR)
Aguarela
(Sofia)