E o inimaginável aconteceu
Juro que assisti aos dois fenómenos em simultâneo. A separá-los poucos metros, talvez um ou dois km em linha recta. Desde o ponto em que me encontrava observava à minha direita, um fogo que do chão se elevava em direcção ao céu e centenas de bombeiros que apagavam incansáveis, já esgotados um incêndio que teimava em reacender-se a cada dia, atingia proporções gigantescas e ameaçava populações; à minha esquerda observa um fogo que caia do céu, lágrimas incandescentes de mil cores, explosões de luz ou apenas foguetes, sim, foguetes para festejar uma Nossa Senhora qualquer. Fogo e fogo ali, lado a lado. Fogo contra fogo ali, lado a lado. Não faço a menor ideia se os foguetes eram inofensivos; tenho apenas a certeza de que foram inquestionavelmente ofensivos. Pela primeira vez, dei comigo a pedir a um deus qualquer que fosse misericordioso e lançasse um rocket qualquer sobre aquele fogo santo.
4 Comments:
Bom dia Teresa!
Ora, seja paciente! nao sabe que as nossas senhoras sao um pouco moucas, nao é fácil manter a audicao em perfeitas condicoes apos tantos séculos... o pessoal sabe muito bem que para as nossas senhoras ouvirem as preces é necessário chamar a sua divina atencao de um modo estridente... ja foi tempo em que elas, atentas, atendiam diligentemente as preces!...
Bjico!
Pois eu cá gosto de foguetes.
E se forem só eucaliptos, não me importo que eles causem grandes incêndios.
muito bem visto!
fogo contra fogo... e um "fogo" e por vezes é a origem do outro
Portugal no seu melhor... O povo adora foguetes a rebentar, quer lá saber da floresta, festa é festa e sem foguetes ou fogo de artifício, não tem a mesma piada...
Beijinhos
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