Estrela da Tarde
(TR)
Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca tardando-lhe o beijo morria.
Quando à boca da noite surgiste na tarde qual rosa tardia
Quando nós nos olhámos, tardámos no beijo que a boca pedia
e na tarde ficámos, unidos, ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde demais para haver outra noite, para haver outro dia.
Ary dos Santos, 1937
Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca tardando-lhe o beijo morria.
Quando à boca da noite surgiste na tarde qual rosa tardia
Quando nós nos olhámos, tardámos no beijo que a boca pedia
e na tarde ficámos, unidos, ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde demais para haver outra noite, para haver outro dia.
Ary dos Santos, 1937
5 Comments:
Há tempos que essa tarde não chega a mim ...
que bem que ficam os dois, assim juntos no encontro perfeito, a tua imagem, as palavras do Ary dos Santos!
O poder da imagem e o poder da palavra... lindo
Croqui tirou-me as palavras da boca ... eu também entrei para dizer que bonito texto, e tão bem acompanhado!
Beijinhos, bom fim-de-semana!
Sinapse
Bom dia Teresa!
Excelente foto e este poema do Ary dos Santos é uma perfeicao! Tenho uma versao cantada pelo Carlos do Carmo, uma delicia!
Boa semana!
Bjico
Muito bom. O Ary era tolo, mas era bom.
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