Tuesday, December 27, 2005

Entre três tangos e dois tintos

fotografia de Naushér Banaji

No exílio do quarto escuro,
Tragando spleens de Baudelaire,
Entre três tangos e dois tintos
Redescubro meu lado impuro,
Amaldiçoado, sórdido, porém — por que não? — distinto!
Ora, sou caído, não minto...
A Decadência, velha rota, sem dentes,
Me diverte, pulando saltos frementes,
Tangueando, bêbada, só e torta...
Cambaleia a doida (coitada...) e ri, indecente...
Maldito sou! (a natureza condena)
Pois bem! Dancemos, bela bêbada velha!
Tornemos mais rota e impura a cena,
Sangremos de tinto a tela imperfeita,
Bailemos, para levarmos à Noite a cor vermelha!

Poema de Ricardo Ruiz

3 Comments:

Blogger Art&Tal said...

e o 25
o 25 ocupa tudo?

6:52 AM  
Blogger TR said...

Holeart, eu digo: o 25 é um grande "Hole"...(nem eu consigo entender, mas cada vez é mais isto...) Do you understand me?

11:25 AM  
Blogger Dinamene said...

Gostei muito, muito!
«Me mata, me mata!», como dizem os brasileiros.

8:11 PM  

Post a Comment

<< Home