Mas no tempo do canaleto e do guardi tinha menos turistas?
É claro que sim... sempre se encosta o olho e a língua ao que só se conhecia em papel.
PS: Nunca veja os meus mimos desagradáveis como ataques. Eu tenho um grande amor por tudo o que você representa. Toda a gente sabe isso. Até os de cá de casa sabem. Esses permitem-me todas as paixões.
Não sei, porque a questão nunca se coloca assim. Quando se lê um livro ou visita uma cidade, a pergunta não é "valeu a pena". É: a que outro livro é que eu renunciei para ler este? Que outra cidade me fechou para sempre as suas portas, porque eu optei por ver esta? Os livros e as cidades são infinitos. O tempo e o dinheiro necessários para os ler e visitar, não. É neste confronto entre o prazer do que se desfrutou e o que a TR, por causa do que desfrutou, para sempre perdeu, que a resposta tem que ser dada. Valeu a pena?
Passe a "lapalissada", o fascínio da viagem radica no "sermos obrigados" a "questionar" as nossas coordenadas espacio-temporais habituais...por maioria de razão quando o destino é um local ou uma cidade onde esse efeito de "desambientação", mercê da sua "carga culural", se reforça.
Eu nunca me senti tão maravilhosamente deslocado como em Veneza e Havana. A sensação de chegar numa gélida tarde de Janeiro, à Piazzale Roma ( vindo do Marco Polo) e de "não ouvir" o rumor automóvel que temos por normal nas urbes modernas, só tem paralelo no que experienciei no percurso entre aeroporto de Havana e a cidade velha...viajar no espaço e no tempo...
Subscrevo, ainda bem que voltou. Mas não tenho palavras elegantes para dizer, nem ideias brilhantes sobre valor e perda... Só posso dizer que sim, concordo, vale muito a pena, independentemente do que se perdeu. Porque se calhar, às vezes, é preciso perder o melhor do mundo para se estar e ser como queremos, onde quisémos. As experiências são aquilo que fazemos delas. Há locais que fazem transbordar o líquido do tubo de ensaio.
8 Comments:
Mas no tempo do canaleto e do guardi tinha menos turistas?
É claro que sim... sempre se encosta o olho e a língua ao que só se conhecia em papel.
PS: Nunca veja os meus mimos desagradáveis como ataques. Eu tenho um grande amor por tudo o que você representa. Toda a gente sabe isso. Até os de cá de casa sabem. Esses permitem-me todas as paixões.
Não, mas :)
Prefiria Florença, talvez a cidade mais bonita (num sentido de totalidade) da Europa.
Não sei, porque a questão nunca se coloca assim.
Quando se lê um livro ou visita uma cidade, a pergunta não é "valeu a pena". É: a que outro livro é que eu renunciei para ler este? Que outra cidade me fechou para sempre as suas portas, porque eu optei por ver esta?
Os livros e as cidades são infinitos. O tempo e o dinheiro necessários para os ler e visitar, não.
É neste confronto entre o prazer do que se desfrutou e o que a TR, por causa do que desfrutou, para sempre perdeu, que a resposta tem que ser dada. Valeu a pena?
Vale sempre a pena!
Aproveita bem! E tira muitas fotos lindas que o cenario é manso e presta-se a isso!
Bjico!
grande funes...
tenho pena de nao o ter dito antes.
Passe a "lapalissada", o fascínio da viagem radica no "sermos obrigados" a "questionar" as nossas coordenadas espacio-temporais habituais...por maioria de razão quando o destino é um local ou uma cidade onde esse efeito de "desambientação", mercê da sua "carga culural", se reforça.
Eu nunca me senti tão maravilhosamente deslocado como em Veneza e Havana.
A sensação de chegar numa gélida tarde de Janeiro, à Piazzale Roma ( vindo do Marco Polo) e de "não ouvir" o rumor automóvel que temos por normal nas urbes modernas, só tem paralelo no que experienciei no percurso entre aeroporto de Havana e a cidade velha...viajar no espaço e no tempo...
Jorge A. S.
arukutipa.weblog.com.pt
Que bom este teu regresso, e o das tuas palavras, e das tuas imagens... benvenuta! :)
Subscrevo, ainda bem que voltou. Mas não tenho palavras elegantes para dizer, nem ideias brilhantes sobre valor e perda... Só posso dizer que sim, concordo, vale muito a pena, independentemente do que se perdeu. Porque se calhar, às vezes, é preciso perder o melhor do mundo para se estar e ser como queremos, onde quisémos. As experiências são aquilo que fazemos delas. Há locais que fazem transbordar o líquido do tubo de ensaio.
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