Tuesday, March 14, 2006

um enigma



O sorriso da Monalisa do Leonardo da Vinci nunca me intrigou, nem nunca constituiu um enigma para mim; inversamente O Grito do Munch sim, intriga-me imenso. Pergunto-me vezes sem conta, o que gritará aquela pessoa, ou porque gritará aquela pessoa? Não sei a resposta, nem sei se ela existe, nem fiz nunca essa pesquisa, mas já agora, fica aqui um dos enigmas que gostaria de desvendar!

4 Comments:

Blogger Art&Tal said...

juro que vou pensar no assunto.

entretanto dê uma vista de olhos

em tradital.blogspot.com lá vou

sugerir algum bom material

para "dançar"

6:25 AM  
Blogger António Conceição said...

Suspeito que ele grita, porque está a ver os ladrões que o vão roubar.

9:35 AM  
Blogger António Conceição said...

Agora a sério:
Eu nunca li absolutamente nada sobre "O Grito", nem sobre o seu autor. A minha visão não está, por isso, "contaminada" que seja externo à obra.
A chave da sua leitura, creio que se pode encontrar no olhar do personagem que grita e nos dois outros personagens que o seguem.
O que grita, grita de desespero, como é evidente. E, como o seu olhar indica, grita para alguém fora da tela, para um mundo externo que lhe é inacessível. Grita, precisamente, por se saber preso no su mundo pictórico limitado pela moldura. E grita, porque nesse mundo - como talvez tenha acontecido com Munch no seu - ele é o outro, o estranho, o único. Grita de solidão.
Como se vê pelos personagens que seguem o gritante, este é um mutante, um extraterrestre, um invulgar. Por contraposição aos tais personagens, que são os verdadeiros habitantes do mundo da tela. Os normais, os integrados, os adaptados.
O que grita está só. Daí o seu desespero. E a indiferença tranquila dos que o seguem. O problema do que grita não é o seu problema.
Por isso, calmamente passeiam.

10:29 AM  
Blogger K. said...

Este quadro sempre me impressionou pela força da sua extrema solidão. É que o Funes acertou, o homem daquele quadro grita o seu desespero.

9:16 PM  

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