Monday, May 08, 2006

Sinais dos tempos


(TR)

6 Comments:

Blogger K. said...

Talvez já se esteja a acabar o tempo para os D. Quixotes...


Cavaleiro andante
estrela marginal
sobre o Rocinante escravo de metal
Um acorde rasga o céu
raio negro a cavalgar o som
e cavalgar sozinho
e cavalgar

Viverá pra sempre em nosso coração
o moinho, o vento, nova geração
um menino vai crescer
procurando em cada olhar o amor
e caminhar sozinho
e caminhar

Tanta gente se esconde do sonho com medo de sofrer
tanta gente se esquece que é preciso viver
Combater moinhos, caminhar entre o medo e o prazer
Somos todos na vida, qualquer um de nós,
vilões e heróis
vilões e heróis

Seja onde for, qualquer lugar, levar
a luz que te conduz
Jamais abandonar
o dom que te seduz

Poema de César Camargo Mariano

8:05 PM  
Blogger patchouly said...

Muito bem visto! Quando ouço argumentar acerca dos malefícios para a paisagem que os aerogeradores trazem lembro-me sempre dos tradicionais moinhos. Não aproveitou sempre o homem o que a natureza lhe oferece?

8:13 PM  
Blogger TR said...

Katraponga, que belo poema. Também acho que o tempo dos D. Quixotes talvez não esteja a acabar, mas está a mudar...
É interessante chegar aqui e deparar-me com interpretações aos posts que não me passavam pela cabeça ...

Patchouly, para além de fonte de energia alternativa, eu gosto do efeito visual nas serras destes parques eólicos!

8:28 PM  
Blogger K. said...

Às vezes acho que o mundo já não permite a existência de muitas coisas. Um toque naif, o tempo que passa devagar, um certo air du temps que evocava coisas antigas. Vivemos em tempos de Sancho Panças, TR....

10:30 PM  
Blogger Sinapse said...

Tb gosto, TR. São elegantes, esses 'moinhos dos tempos modernos'!

10:55 PM  
Blogger Lourenço Viana said...

Vamos continuar a correr (ou a andar, consoante as gentes) e a querer sentir o vento na cara.
E o hábito tem feito, de muitos, monges.

5:31 PM  

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