O crime
Há dias, num Sábado de manhã, com as ruas cheias de gente, houve um assalto a uma ourivesaria, perto de minha casa, em Lisboa. Os assaltantes eram cinco profissionais, encapuçados, usavam armas de guerra, não temiam em ameaçar as pessoas que se aproximavam, levaram o tempo que lhes apeteceu e roubaram aquilo que lhes apeteceu. Hoje, houve um assalto a uma caixa multibanco em Oliveira de Azeméis. Um daqueles assaltos surreais em que os assaltantes usam veículos próprios, rebentam paredes arrastam e arrombam, literalmente, as caixas Multibanco. Estavam também munidos de armas e mataram um amigo dos meus pais, que por mero acaso se cruzou com eles no local do assalto. Ironicamente foi alvejado mortalmente em Portugal, tendo sido durante anos emigrante num país com elevadíssimas taxas de criminalidade como a Venezuela. Efectivamente, toca-me por ter acontecido mais próximo de mim, embora julgue não conhecer a pessoa. Toca-me também porque tenho medo, e creio que este tipo de assaltos planeados, metódicos e profissionais não são muito comuns entre nós. Imagino, que habituados aos brandos costumes, a nossa polícia não esteja devidamente preparada para agir nestes casos. Imagino que só quando houver dados alarmantes sobre o aumento da criminalidade, alguém tardiamente se lembre de tomar medidas necessárias.
2 Comments:
Olá Teresa, lamento profund/ o sucedido. Vi tb a notícia e compulsei-a agora aqui no s/ blog que acabo de visitar. Curiosamente, tenho uma amiga em Caracas donde me diz que aquilo lá tb não é famoso, mas é a vida. O prémio de vivermos é essa contingência penhorada com a morte, por vezes pouco natural e muito selvagem.Foi o caso. As questões de segurança interessam e têm uma valia estratégica para qqr país, sociedade. Aliás, sem segurança não há nada, nem O2, nem investimento, não há qqr tipo de confiança entre os agentes sociais e económicos. Mas deixe-me referir o seguinte: a vinda do Gates a Portugal traduziu-se, entre outras coisas e mto show of, em assinar alguns protocolos de cooperação, designada/ de cooperação com o MAI (Minist. Admin. Interna que tutela as polícias) e empresas que manipulam sofware e formação em RH que poderá validar novas competências para os corpos de intervenção da PSP e outras brig. especiais. We shall see... Logo se verá ou não se a formação para esses agentes será aficaz, fazendo com que eles depois não virem a cara ao lado ante a violência urbana + ou - organizada. Quanto à natureza dos assaltos ela tem vindo a assumir uma composição mista: brasucas e leste europeu, são ambos muito eficientes e manipulam bem armas e têm mto pouco a perder. A imigração clandestina e os demais fluxos transnacionais potenciam este tipo de fenómenos típicos das sociedades actuais que hje se somam aos riscos da globalização predatória que vive numa Europa e num mundo de fronteiras abertas.
Mas uma vida é sempre uma vida, até porque o homem é um fenómeno que jamais se repete, e para esses casos a pena deveria ser agravada.
Lamento.Poderia ser qqr um de nós.
best
rpm
Li no JN. É o caso de Oliv. de Azeméis. Má sorte! E que impotência...
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