Notáveis os textos e a personalidade de Herberto Hélder. Como diz A. Alçada Baptista " ...todos ganhámos este prémio " e se calhar a mensagem é essa. Não reclamando o prémio está a dividi-lo connosco.
Atenção! Pode haver um acto de soberba na recusa de um prémio. Para um burguês que não precise de dinheiro, esse gesto dá-lhe mais publicidade e enche-lhe mais o ego do que a aceitação. Por exemplo, correndo o risco de ser miseravelmente injusto, eu - que não gosto do Sartre - gosto de pensar que a sua recusa do Nobel da Literatura foi um acto de soberba. E não correndo qualquer risco, eu - que gosto do Luandino - tenho a certeza que, se ele suspeitasse que, por um segundo só, o seu gesto podia ser interpretado como um acto de soberba, nunca teria recusado o prémio. Do Herberto Helder, não sei. Não gosto da Clara Ferreira Alves e o Alçada Baptista é-me indiferente.
Eu Não conheço o Luandino, nem a obra do Luandino. Também nunca conheci o HH, sei apenas alguns detalhes da vida dele e sei que o caracterizam como um homem excepcional. Mas conheço-lhe razoavelmente a obra e atrevo-me a dizer que o HH é inigualável e apenas de alguma forma plagiável. Detesto a Clara Ferreira Alves e o Alçada Baptista também me é indiferente. De qualquer forma, este texto que acredito seja um retrato sincero dos sentimentos, do homem e do momento, pretendia, ainda que mal, apenas correr o risco de estabelecer alguma ligação entre a atitude destes dois homens, o Luandino que não conheço, mas que me surge como excepcional, e o HH que sei e será sempre para mim excepcional!
6 Comments:
Notáveis os textos e a personalidade de Herberto Hélder.
Como diz A. Alçada Baptista " ...todos ganhámos este prémio " e se calhar a mensagem é essa. Não reclamando o prémio está a dividi-lo connosco.
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"Eu já gostava de ti e vi agora que é possível ainda gostar mais..."
...ainda tenho a pele arrepiada!
Atenção!
Pode haver um acto de soberba na recusa de um prémio. Para um burguês que não precise de dinheiro, esse gesto dá-lhe mais publicidade e enche-lhe mais o ego do que a aceitação.
Por exemplo, correndo o risco de ser miseravelmente injusto, eu - que não gosto do Sartre - gosto de pensar que a sua recusa do Nobel da Literatura foi um acto de soberba.
E não correndo qualquer risco, eu - que gosto do Luandino - tenho a certeza que, se ele suspeitasse que, por um segundo só, o seu gesto podia ser interpretado como um acto de soberba, nunca teria recusado o prémio.
Do Herberto Helder, não sei.
Não gosto da Clara Ferreira Alves e o Alçada Baptista é-me indiferente.
Eu Não conheço o Luandino, nem a obra do Luandino. Também nunca conheci o HH, sei apenas alguns detalhes da vida dele e sei que o caracterizam como um homem excepcional. Mas conheço-lhe razoavelmente a obra e atrevo-me a dizer que o HH é inigualável e apenas de alguma forma plagiável. Detesto a Clara Ferreira Alves e o Alçada Baptista também me é indiferente. De qualquer forma, este texto que acredito seja um retrato sincero dos sentimentos, do homem e do momento, pretendia, ainda que mal, apenas correr o risco de estabelecer alguma ligação entre a atitude destes dois homens, o Luandino que não conheço, mas que me surge como excepcional, e o HH que sei e será sempre para mim excepcional!
impressionado com ambos!
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