Morte lenta na auto-estrada
«A França e a Espanha criaram uma comissão intergovernamental encarregada de definir o projecto de "auto-estradas do mar" entre os dois países, na fachada atlântica, para transportar 100 mil camiões por ano. A comissão, composta por seis membros de cada um dos dois países, foi formalizada pelo ministro francês dos Transportes, Dominique Perben, e pela sua homóloga espanhola do Fomento, Magdalena Alvarez.
(...)
O concurso assentará um princípio essencial: os candidatos comprometem-se a realizar escalas, pelo menos num porto espanhol e noutro francês. »
Estes são excertos de uma notícia de hoje do Jornal de Negócios: “França e Espanha avançam com os primeiros pilares da "auto-estrada do mar"”. Já não estamos na ponta da Europa, inexistimos. Apesar da nossa situação costeira privilegiada, temos as zonas portuárias mal aproveitadas. Há décadas que pedimos e analisamos projectos para uma linha rápida por terra que nos ligue ao resto da Europa em Y em X em V em Z, ou de qualquer maneira, uma linha vital que nos retire do isolamento e do esquecimento e nos permita sobreviver melhor, e há décadas que somos incapazes de decidir. Não temos um problema económico, temos um problema de competência. Este acordo França-Espanha parece-me tristemente claro, nem por terra, nem por mar: inexistimos.
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