Enquanto o presidente dos Estados Unidos se reúne com os seus congressistas para encontrar um remediável rumo para um irremediável Iraque, lá vai matando os iraquianos que pode, o mais depressa que pode.
E já agora porque não se fala dos terrotistas (vestidos de libertadores) que põem bombas nos mercados e paragens de autocarro matando (esses sim) Iraquianos inocentes.
E, Bikoka, não se fala dos terroristas vestidos de libertadores, porque esses não existiam no Iraque antes da guerra. Foram uma criação americana, como hoje é reconhecido pelo seu próprio criador.
Caro Funes, Desculpa mas existe inocência: qual a culpa de alguém que está num mercado a fazer compras e de repente fica sem membros devido a uma bomba? Também não é uma invenção dos americanos os tais terroristas vestidos de libertadores. São uma invenção real dos grupos terrotistas tipo Al Qaeda com um objectivo bem definido: matar sunitas e xiitas para que estes entrem em guerra civil.
Obrigado por se servir de exemplos tão fáceis de desmentir. Recordo um poema de Jorge Luis Borges que ontem Pacheco Pereira publicava noa Abrupto e sinto até um bocado de vergonha por ter razão tão absolutamente. Vejamos:
1- Quando alguém entra no mercado para comprar, por exemplo, um produto agrícola e opta pelo mais barato está logo, com toda a probabilidade, a tornar-se culpada de estar a comprar um produto largamente subsidiado pela Política Agrícola Comum ou pelos amercianos. Está, desse modo, com toda a probabilidade também, a ajudar a matar à fome um africano. Dir-me-á que está apenas a ser racional e eu concordarei. Só que a racionalidade implica, como defendi, a perda da inocência.
2- Quanto à "invenção real dos grupos terrotistas tipo Al Qaeda com um objectivo bem definido: matar sunitas e xiitas para que estes entrem em guerra civil", esta é mesmo escandalosamente fácil de desmentir. Em primeiro lugar, os sunitas e os xiitas já existiam há muito e só se começaram a matar a sério depois de lá chegarem os americanos, para levarem a sua gloriosa democracia que eles, xiitas e sunitas, iriam receber, segundo nos diziam, de braços abertos, a cantar hossanas ao libertador Bush. Não foi isso que nos disseram no dia em que as tropas americanas entraram em Bagdad e as televisões mostraram as imagens de umas centenas de iraquianos a festejar na rua? Festejos que, em Portugal, os comentadores pró-americanos compararam logo à alegria do 25 de Abril? Depois, esquece-se que Bin-Laden é uma invenção americana, criada a alimentada, para combater os soviéticos no Afeganistão? Desculpe, Bikoka. Não queria ter razão de forma assim tão triunfal. Mas a Bikoka pôs-se a jeito. Não resisti.
Somos milhões, a opinar sobre tudo e sobre todos, mas não movemos uma palha para alterar este repugnante estado de coisas. Que fazer?!! Continuemos a defender esta nossa doce democracia votando em incompetentes que, legitimamente, em nosso nome primam em produzir inomináveis disparates... Nunca voto para as legislativas nem para o P.E. Aos autarcas, tenho eu debaixo de olho e exijo-hes explicações.
É evidente que a inocência existe fora dos quadros de POussin, caro Funes. Não tem é qualquer carácter excepcional dentro de uma guerra. Quer uma fotografia?
Anda influenciada pelo feriado de sexta-feira, o da Imaculada Conceição. Tirando a Imaculada e o Filho, ninguém mais, depois, nasceu inocente. E mesmo isto só é válido para os crentes.
Obrigado pelos seu comentários mas mais uma vez tenho de lhe dizer que não tem razão no que está a dizer.
Sobre a questão da inocência não vale a pena argumentar porque a sua posição é radical. Assim fique com a sua que eu fico com a minha opinião.
Quando refere que os sunitas e os xiitas só se começaram a matar após a queda de Saddam está dizer uma mentira descarada.
No tempo do ditador Saddam já sunitas e xiitas se matavam uns aos outros mas de uma forma mais "estatal", ou seja, era o ditador Saddam a as diferentes estruturas da ditadura que matavam (principalmente xiitas e curdos).
Ou será que para Funes, o Memoriosos, os tempos do ditador Saddam eram tempos de justiça e não existiam essas violações aos direitos humanos?
Será que Funes não coloca Saddam ao mesmo nível de por exemplo um Pinochet?
Quanto à questão do Bin-Laden ser uma invenção dos EUA também não é verdade. Ele foi sem dúvida apoiado pelos EUA mas numa altura bem específica: durante a guerra fria quando a URSS invadiu o Afeganistão. Bin-Laden é uma invenção da Guerra Fria.
Olhe que não..., caro Funes. Talvez estejamos em registos diferentes. Não sei. Se a palavra "inocente" não lhe serve, então sugira, por favor, a palavra que se deve usar para referir estes casos, porque o argumento de que a guerra é assim mesmo, vale para o que vale e não vale para desculpar tudo. Esta fotografia é talvez a pior que já vi. É de intensidade igual ou talvez mesmo superior à imagem do quadro da Imaculada Concieção e do menino do massacre de Poussin. Uma fotografia que correu o mundo, muitíssimo conhecida: http://www.xtec.es/~aguiu1/calaix/001vietn.htm
Disseste uma grande verdade, Teresa, e é algo que assusta. As guerras não se lutam mais da mesma forma. E pensar que considerávamos a guerra antiga cruel e sanguinária...
Uma correcção preliminar, cara Bikoka: a teoria do pecado original e da ausência de inocência não é minha. É da Igreja Católica Romana. Não sou católico e não a subscrevo. Em todo o caso, não me parece que, por a sustentar, a dita Igreja Católica Romana dê como boas ou justificadas as patifarias que aponta. Eu esparava que, quando falei de ausência de inocência, me atirasse à cara com as criancinhas, como fez a TR. Eu teria que me calar. Atirou-me sempre com os adultos dos mercados, tão envolvidos na guerra como outros quaisquer. Se quiser, eu concedo. Numa guerra morrem sempre muitos inocentes. Não vale a pena distinguir entre inocentes bons e inocentes maus, para chorar apenas os inocentes de um lado e justificar os mortos do outro. Numa coisa tenho que lhe dar razão integral: o extermínio mútuo de sunitas e xiitas não começou com a invasão do Iraque pelos EUA e eu andei mal ao sugeri-lo. O Saddam não era flor que se cheirasse. Mas, mais uma vez, foi um produto dos EUA que o apoiaram incondicionalmente quando ele se dedicou a exterminar os xiitas do inimigo Irão. Mesmo sabendo que ele exterminava curdos e usava armas químicas. Na altura, isso não pareceu desumano aos libertadores do mundo. Finalmente, não percebi a sua boca do Bin Laden. O que me está a dizer é que o Bin Laden era bom, quando combatia os russos comunistas e só se tornou mau quando desatou a combater os bonzolas dos americanos?
Obviamente que não penso que Bin Laden era bom quando combatia os soviéticos e que agora é mau porque combate contra os americanos. Ele é mau. O que eu disse é que o Sr. Bin Laden é um produto da Guerra Fria e não apenas dos EUA. O mesmo se passa com o Sr. Saddam: ele foi um produto da Guerra Fria que era umas vezes apoiado pelos EUA ou pela URSS e depois pela Russia.
22 Comments:
terrivel
terrivel
nem é bom pensar.
estivemos a ver o borat?
Não, AA. Já agora pq?
E já agora porque não se fala dos terrotistas (vestidos de libertadores) que põem bombas nos mercados e paragens de autocarro matando (esses sim) Iraquianos inocentes.
O problema, TR e Bikoka, é que a inocência é um privilégio de poetas, músicos e pintores. Não existe fora dos quadros de Poussin.
E, Bikoka, não se fala dos terroristas vestidos de libertadores, porque esses não existiam no Iraque antes da guerra. Foram uma criação americana, como hoje é reconhecido pelo seu próprio criador.
Caro Funes,
Desculpa mas existe inocência: qual a culpa de alguém que está num mercado a fazer compras e de repente fica sem membros devido a uma bomba?
Também não é uma invenção dos americanos os tais terroristas vestidos de libertadores. São uma invenção real dos grupos terrotistas tipo Al Qaeda com um objectivo bem definido: matar sunitas e xiitas para que estes entrem em guerra civil.
Cara Bikoka,
Obrigado por se servir de exemplos tão fáceis de desmentir. Recordo um poema de Jorge Luis Borges que ontem Pacheco Pereira publicava noa Abrupto e sinto até um bocado de vergonha por ter razão tão absolutamente. Vejamos:
1- Quando alguém entra no mercado para comprar, por exemplo, um produto agrícola e opta pelo mais barato está logo, com toda a probabilidade, a tornar-se culpada de estar a comprar um produto largamente subsidiado pela Política Agrícola Comum ou pelos amercianos. Está, desse modo, com toda a probabilidade também, a ajudar a matar à fome um africano.
Dir-me-á que está apenas a ser racional e eu concordarei. Só que a racionalidade implica, como defendi, a perda da inocência.
2- Quanto à "invenção real dos grupos terrotistas tipo Al Qaeda com um objectivo bem definido: matar sunitas e xiitas para que estes entrem em guerra civil", esta é mesmo escandalosamente fácil de desmentir.
Em primeiro lugar, os sunitas e os xiitas já existiam há muito e só se começaram a matar a sério depois de lá chegarem os americanos, para levarem a sua gloriosa democracia que eles, xiitas e sunitas, iriam receber, segundo nos diziam, de braços abertos, a cantar hossanas ao libertador Bush. Não foi isso que nos disseram no dia em que as tropas americanas entraram em Bagdad e as televisões mostraram as imagens de umas centenas de iraquianos a festejar na rua? Festejos que, em Portugal, os comentadores pró-americanos compararam logo à alegria do 25 de Abril?
Depois, esquece-se que Bin-Laden é uma invenção americana, criada a alimentada, para combater os soviéticos no Afeganistão?
Desculpe, Bikoka. Não queria ter razão de forma assim tão triunfal. Mas a Bikoka pôs-se a jeito. Não resisti.
Há anos, numa crónica avulsa, escrevia V.Pulido Valente ... "o mundo está a tornar-se um lugar perigoso"
Profético.
Somos milhões, a opinar sobre tudo e sobre todos, mas não movemos uma palha para alterar este repugnante estado de coisas.
Que fazer?!!
Continuemos a defender esta nossa doce democracia votando em incompetentes que, legitimamente, em nosso nome primam em produzir inomináveis disparates...
Nunca voto para as legislativas nem para o P.E.
Aos autarcas, tenho eu debaixo de olho e exijo-hes explicações.
A democracia não passa de uma ditadura legitimada pelo voto.
De uma minoria. Façam as contas.
os judeus foram vivendo com palestinos ao longo dos tempos até que...
alguem resolveu fazer algo bem feito.
foi feito...
tá feito
É evidente que a inocência existe fora dos quadros de POussin, caro Funes. Não tem é qualquer carácter excepcional dentro de uma guerra. Quer uma fotografia?
Um dos problemas novos na guerra é precisamente a guerra não ser travada entre partes que lutam da mesma forma.
Ah, TR, TR,
Anda influenciada pelo feriado de sexta-feira, o da Imaculada Conceição. Tirando a Imaculada e o Filho, ninguém mais, depois, nasceu inocente. E mesmo isto só é válido para os crentes.
Caro Funes,
Obrigado pelos seu comentários mas mais uma vez tenho de lhe dizer que não tem razão no que está a dizer.
Sobre a questão da inocência não vale a pena argumentar porque a sua posição é radical. Assim fique com a sua que eu fico com a minha opinião.
Quando refere que os sunitas e os xiitas só se começaram a matar após a queda de Saddam está dizer uma mentira descarada.
No tempo do ditador Saddam já sunitas e xiitas se matavam uns aos outros mas de uma forma mais "estatal", ou seja, era o ditador Saddam a as diferentes estruturas da ditadura que matavam (principalmente xiitas e curdos).
Ou será que para Funes, o Memoriosos, os tempos do ditador Saddam eram tempos de justiça e não existiam essas violações aos direitos humanos?
Será que Funes não coloca Saddam ao mesmo nível de por exemplo um Pinochet?
Quanto à questão do Bin-Laden ser uma invenção dos EUA também não é verdade. Ele foi sem dúvida apoiado pelos EUA mas numa altura bem específica: durante a guerra fria quando a URSS invadiu o Afeganistão. Bin-Laden é uma invenção da Guerra Fria.
Olhe que não..., caro Funes.
Talvez estejamos em registos diferentes. Não sei. Se a palavra "inocente" não lhe serve, então sugira, por favor, a palavra que se deve usar para referir estes casos, porque o argumento de que a guerra é assim mesmo, vale para o que vale e não vale para desculpar tudo.
Esta fotografia é talvez a pior que já vi. É de intensidade igual ou talvez mesmo superior à imagem do quadro da Imaculada Concieção e do menino do massacre de Poussin. Uma fotografia que correu o mundo, muitíssimo conhecida: http://www.xtec.es/~aguiu1/calaix/001vietn.htm
A teoria do Funes sobre a não existência da inocência é perigosa porque justifica tudo.
Assim, os judeus que caminhavam para as câmaras de gás não eram inocentes logo mereceram esse castigo capital. Eram "porcos capitalistas".
As mulheres violadas também o mereceram porque "não tinham nada que andar vestidas como as putas".
Se falamos então de um prostituta violada, então essa sim não tem perdão pela teoria de Funes.
Ainda bem que Funes não tem o poder.
Disseste uma grande verdade, Teresa, e é algo que assusta. As guerras não se lutam mais da mesma forma. E pensar que considerávamos a guerra antiga cruel e sanguinária...
Uma correcção preliminar, cara Bikoka: a teoria do pecado original e da ausência de inocência não é minha. É da Igreja Católica Romana. Não sou católico e não a subscrevo. Em todo o caso, não me parece que, por a sustentar, a dita Igreja Católica Romana dê como boas ou justificadas as patifarias que aponta.
Eu esparava que, quando falei de ausência de inocência, me atirasse à cara com as criancinhas, como fez a TR. Eu teria que me calar.
Atirou-me sempre com os adultos dos mercados, tão envolvidos na guerra como outros quaisquer.
Se quiser, eu concedo. Numa guerra morrem sempre muitos inocentes. Não vale a pena distinguir entre inocentes bons e inocentes maus, para chorar apenas os inocentes de um lado e justificar os mortos do outro.
Numa coisa tenho que lhe dar razão integral: o extermínio mútuo de sunitas e xiitas não começou com a invasão do Iraque pelos EUA e eu andei mal ao sugeri-lo.
O Saddam não era flor que se cheirasse. Mas, mais uma vez, foi um produto dos EUA que o apoiaram incondicionalmente quando ele se dedicou a exterminar os xiitas do inimigo Irão. Mesmo sabendo que ele exterminava curdos e usava armas químicas. Na altura, isso não pareceu desumano aos libertadores do mundo.
Finalmente, não percebi a sua boca do Bin Laden. O que me está a dizer é que o Bin Laden era bom, quando combatia os russos comunistas e só se tornou mau quando desatou a combater os bonzolas dos americanos?
claro carissimo funes claro.
tr a questão da inocencia já justificou muita hipocrisia.
ou certamente já perdi a noçao de inocencia.
Caro Funes,
Obviamente que não penso que Bin Laden era bom quando combatia os soviéticos e que agora é mau porque combate contra os americanos. Ele é mau.
O que eu disse é que o Sr. Bin Laden é um produto da Guerra Fria e não apenas dos EUA.
O mesmo se passa com o Sr. Saddam: ele foi um produto da Guerra Fria que era umas vezes apoiado pelos EUA ou pela URSS e depois pela Russia.
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