Diálogo ao jantar
T - ...
S - ...mamã, comi bolo com bonecos em cima...
T - bolo? alguém fez anos?
S - o Francisco Azevedo fez 4 anos! (algo triste)
T - então cantaram os parabéns!!...
S - ...ele disse que eu sou bebé... (zangada) disse que tenho DOIS anos! mamã, compras-me um bolo pra eu levar prà escola amanhã?
T - um bolo? um bolo para quê?
S - um bolo com bonecos em cima pra eu fazer SEIS anos na escola. Pode ser, pois pode, mamã? eu não sou bebé, pois não, mamã? o Francisco Azevedo diz que eu sou bebé... que tenho dois anos...
T -!!!!!!!!!!!! ... mas não tens dois anos.... Quantos tens?
S - ( em vos baixa) tenho três, mas posso fazer seis anos amanhã, pois é mamã?
T - ??!!....
S - ....
S - ...mamã, comi bolo com bonecos em cima...
T - bolo? alguém fez anos?
S - o Francisco Azevedo fez 4 anos! (algo triste)
T - então cantaram os parabéns!!...
S - ...ele disse que eu sou bebé... (zangada) disse que tenho DOIS anos! mamã, compras-me um bolo pra eu levar prà escola amanhã?
T - um bolo? um bolo para quê?
S - um bolo com bonecos em cima pra eu fazer SEIS anos na escola. Pode ser, pois pode, mamã? eu não sou bebé, pois não, mamã? o Francisco Azevedo diz que eu sou bebé... que tenho dois anos...
T -!!!!!!!!!!!! ... mas não tens dois anos.... Quantos tens?
S - ( em vos baixa) tenho três, mas posso fazer seis anos amanhã, pois é mamã?
T - ??!!....
S - ....
2 Comments:
nada melhor que os meninos.
como eu aprendi com ela
e eu a pensar que sabia muito
vou levar amanha um bolo para a empresa para ver se faço 65 e me reformo.
estou cheio de vontade de me pirar para longe
faça o favor de dar por mim um beijo na srª sua filha e diga-lhe que alguem lhe fica a
dever a preciosa informação
"Toda a literatura consiste num esforço para tornar a vida real. Como todos sabem, ainda quando agem sem saber, a vida é absolutamente irreal, na sua realidade directa; os campos, as cidades, as ideias, são coisas absolutamente fictícias, filhas da nossa complexa sensação de nós mesmos. São intransmissíveis todas as impressões salvo se as tornarmos literárias. As crianças são muito literárias porque dizem como sentem e não como deve sentir quem sente segundo outra pessoa. Uma criança, que uma vez ouvi, disse, querendo dizer que estava à beira de chorar, não «Tenho vontade de chorar», que é como diria um adulto, isto é, um estúpido, senão isto: «Tenho vontade de lágrimas». E esta frase, absolutamente literária, a ponto de que seria afectada num poeta célebre, se ele a pudesse dizer, refere absolutamente a presença quente das lágrimas a romper das pálpebras conscientes da amargura líquida. «Tenho vontade de lágrimas»! Aquela criança pequena definiu bem a sua espiral."
F.Pessoa
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