Friday, December 29, 2006

último post

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Este blogue acaba aqui. Os motivos são simples e inquebráveis: manifesta falta de tempo agravada por ter dois novos projectos a começar em Janeiro. Agradeço a todos os que alimentaram este blogue, especialmente aos mais assíduos e muito especialmente aos que se tornaram meus amigos. Obrigada a todos.

UM MUITO BOM 2007 PARA TODOS!!

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teorias sobre o abandono

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Thursday, December 28, 2006

fruta da época

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(mais interessante em tamanho maior)

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Wednesday, December 27, 2006

Também gostei

do Discurso de Natal do Primeiro Ministro do nosso país. Gostei especialmente das pausas e dos gestos com as mãos.

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Acho graça ao que se lê por aí.

Rui Rio passou de besta a bestial com uma medida que não podia ser mais popular: não ter dado ponte aos funcionários da sua Câmara. E parece que fez bem. Não se fala noutra coisa, nem se enaltece outra pessoa.

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...e em breve parto. Entretanto

vou postando qualquer coisa. Desde já, ainda uma fotografia de Natal.

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(é mais bonita vista em tamanho maior!)

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em breve regresso....

Friday, December 22, 2006

A frase

A frase "É impossível fazer um filme integralmente baseado numa obra de Kafka.", naõ é minha. Usou-a um amigo meu há dias. Lembrei-me imediatamente de alguns filmes que podemos designar de Kafkianos, mas que não são efectivamente baseados em obras de Kafka. Na verdade não me lembrei de nenhum filme que seja uma adaptação de qualquer obra de Kafka. Isto fez-me pensar que talvez o meu amigo tivesse razão. Talvez seja impossível fazer um filme bem sucedido com base numa obra de Kafka. Não porque as obras são de difícil adaptação, mas porque são intransponíveis, inexcedíveis, intratáveis. Será? O nosso blogamigo Bartleby diz que há uma adaptação de "O Processo" feita por de Orson Welles que data de 1962. Não conheço, não confirmei, nem sei se é bem feita e se foi bem sucedida. Hei-de investigar. O post que fiz sobre isto pretendeu ser apenas um curto exercício para troca de ideias. Obrigada a todos os que comentaram a frase.

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Pessoas giras

A propósito do trânsito absolutamente infernal em Lisboa por estes dias, uma conhecida que encontrei no Marquês de Pombal, zona onde trabalha, diz-me:
- O trânsito está horrível. Uma confusão. Demorei uns 40 m lá de baixo até ao Marquês, hoje de manhã. Depois demorei outros 40 à procura de um lugar de estacionamento. Deixei o carro mal estacionado o dia todo, e agora não sei como ir embora. (desabafa irritada)
- Olha lá não era melhor usares o Metro? (vive perto da Baixa) Eu venho de Metro.
- Claro, tens razão.... tenho o Metro perto e tudo... mas tenho de mudar de linha não sei onde, aquilo é uma confusão e baralho tudo... Um destes dias tento, isto não se aguenta.
- Pois, é impensável andar de carro nesta altura dentro da cidade.
- E eu adoro andar em transportes públicos, sabes? Adoro. Mas detesto, odio autocarros. Odeio. Não sou capaz. Autocarros não. As pessoas. Os encontrões. Saaaabes? Autocarro não. Não sou capaz. Mas Metro, adoro. Adoro! Um destes dias depois das férias, com mais tempo, tento.

Wednesday, December 20, 2006

Metáfora para um país pobre

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Tuesday, December 19, 2006

Comente a seguinte frase:

É impossível fazer um filme integralmente baseado numa obra de Kafka.

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Isto são instalações que não são instalações,

mas podiam ser.

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Sunday, December 17, 2006

jogo seguro

A escolha de Maria José Morgado para acompanhar o processo Apito Dourado revela acima de tudo muita inteligência por parte deste Procurador. Se correr mal é porque ela nos enganou a todos, inclusivamente a ele, o Porcurador; se correr bem é porque o Procurador teve a coragem de fazer a mais difícil mas a melhor escolha.

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Moral da história

Quem tem uma boa empregada tem tempo para tudo, quando não a tem não tem tempo para nada.

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coisas de um telejornal, num restaurante, à hora de jantar

Que há grande confusão entre comunicação e informação já ninguém questiona. Que a maior parte das notícias dos telejornais são sobre mortes, desgraças e misérias, todos sabemos. Mas que qualquer um de nós, reaja com absoluta e igual indiferença quando no telejornal anunciam distantes três ou trezentos mortos é assustador. Que qualquer um de nós digira imagens de destruição, acidentes, doentes ou de cadáveres, enquanto come um bom bife mal-passado a escorrer sangue morno da rés, devia-nos fazer vomitar a todos.

Friday, December 15, 2006

BOOK WALL from a "BOOK CELL" installation

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Uma instalação muito curiosa, em exposição na Fundação Calouste Gulbenkian da autoria de MATEJ KRÉN

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Thursday, December 14, 2006

Afinal...

Tardíssimo já, mas antes de me ir deitar, fui ver o "Público.pt" e dou com esta notícia. Afinal, parece que há livros que fazem mover montanhas. Esperemos para ver se a montanha não pare um rato!

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Monday, December 11, 2006

uma fotografia de Alfama para começar a semana.

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Friday, December 08, 2006

"Massacre dos Inocentes"
Nicolas Poussin

Enquanto o presidente dos Estados Unidos se reúne com os seus congressistas para encontrar um remediável rumo para um irremediável Iraque, lá vai matando os iraquianos que pode, o mais depressa que pode.

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E depois da história...

..uma nostálgica fotografia tirada algures prós lados da Beira Alta.

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Travelling Light

Uma história maravilhosa para o feriado!

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Thursday, December 07, 2006

"Operação Furacão"


Deve haver quem venha dormindo menos bem ultimamente. A Polícia Judiciária anda furiosa em buscas desenfreadas por tudo quanto é lado. Se a ideia for mesmo levar tudo pela frente, ainda vamos ter de pedir reforços à europa.

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Monday, December 04, 2006

Ultimamente,

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há sempre um jardim nos meus sonhos. Sonho imenso e com alguma frequência MAS a preto e branco, ou com poucas cores é coisa que jamais me lembro ter acontecido. Parece-me esta, uma confissão necessária para esta fotografia.

Correcção posterior ao post: Apesar de toda a gente ter mais ou menos perecbido o conteúdo do post, faltava o MAS algures no texto, onde existe agora, para que o texto fizesse sentido. Peço perdão. Com duas miúdas sempre aqui às voltas a fazer sugestões e a querer jogar isto e aquilo, a atenção é limitada e o tempo também.

corrida lisboeta à maior Árvore de Natal alguma vez vista!!

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Sunday, December 03, 2006

O melhor de Poussin: uma obsessão explicada

O Massacre dos Inocentes 1628 - 1629
147X171cm
Nicolas Poussin

Vi este quadro pela primeira vez em slide numa aula e nunca mais vi nenhum assim. Nunca mais vi nenhum quadro que me perturbasse tanto e que me parecesse na sua forma tão perfeito. Chama-se "Massacre dos Inocentes". É de Nicolas Poussin. É uma cena bíblica que todos reconhecemos. É ao mesmo tempo uma cena sempre actual. A diferença básica consiste em hoje designarmos este tipo de situações de "efeitos colaterais". O tema é comum na pintura da época. Decidi então olhar para uma série de outras obras com o mesmo tema. Comprovei rapidamente que este quadro é particular. Podem fazer o exercício. Basta pesquisar na internet. Se repararem, por exemplo, não é comum existir uma cena destas tão perfeita e tão cruel num primeiro plano com esta dimensão. Procurei imenso um bom exemplo deste quadro por causa das cores. As cores são absolutamente fabulosas, divididas numa clássica trilogia vermelho, azul e amarelo. E finalmente, as expressões, a simbologia, o horror, a face simplesmente devastadora da mãe. O guerreiro, a mãe e a criança fazem o qudro. Tudo o resto é absolutamente secundário. Acredito inteiramente que a outra mãe de azul que corre a olhar para o céu, está lá apenas para o equilíbrio triangular fundamental que refiro atrás nas cores, mas é perfeitamente dispensável do ponto de vista semântico. Há muitas fotografias que me provocam sensações fortíssimas. A fotografia tem essa facilidade pela sua maior proximidade ao real e pela percepção que temos de que ela capta um momento preciso. Muito poucas pinturas conseguem um efeito semelhante, pelos motivos inversos aos da fotografia. Este quadro é uma dessas excepções. A expressão da mãe é demolidora para mim. O sensacionalismo é aqui inevitável. De qualquer forma, o quadro é muito bonito e é, acima de tudo, tecnicamente perfeito.

Parece que há vestígios de radioactividade por aqui

Desapareceu a coluna aqui do lado direito!

nota à posteriori: desapareceu durante alguns minutos!

É "polónio" mas vem da Rússia!

O melhor mesmo é continuarmos a sorrir para Putin...

Thursday, November 30, 2006

Pensar por escrito porque não me ocorre nada melhor...

Ando à procura de uma obsessão para vos mostrar há algum tempo. Sei qual é. É uma pintura do sec. XVII e na temática que a originou, a minha predilecta. É a melhor que já vi. Procurei-a na net há algum tempo atrás e não encontrei uma boa imagem. Não a publiquei. Não me arrependi. Não me importei. Abandonei a ideia porque tenho alguma dificuldade em abraçar a extrema beleza e perfeição da obra e o terror que ela representa. Sim, a temática é terrível, talvez mesmo horrível, embora banal ou se quiserem, pouco original. São inúmeras as obras que a trabalharam. É um clássico. O horror é também um clássico nas suas variadas formas. Contudo esta obra que porcuro é inigualável. Atinge-nos a todos. Atinge-me a mim. Sempre. É fatal, é letal. Há várias fotografias que me atingem assim. Por isso é que esta obra é inigualável, porque não me lembro de pinturas que me atinjam assim. Esta é a excepção. Aliás, do mesmo autor, Nicolas Possin há muitas obras muito interessantes, mas nenhuma como esta. Tecnicamente perfeita. Clássica. Na sua temática, banal. O banal das suas obras e das obras do seu tempo. Na sua representação de conjunto e naquilo que dela entra por nós dentro, absolutamente devastadora! A pintura geralmente estabelece sempre uma distância apaziguadora entre a realidade do que representa e o desconforto que possa causar. Não que não o cause, mas nunca é um desconforto comparável àquele que uma fotografia na sua aproximação à realidade e na sua profundidade pode proporcionar ou me proporciona a mim. Ontem havia uma notícia de uma criança recém-nascida encontrada num saco térmico no lixo. Não é absolutamente horrível? É precisamente esta intensidade que encontro nesta obra da qual procurarei uma boa imagem e se conseguir, mostrá-la-ei aqui. Podem sempre dar uma ajuda.

Wednesday, November 29, 2006

Anfitriões

Guerras sem sentido, muros inaceitáveis, envenenamentos inacreditáveis e continuamos a reunirmo-nos uns com os outros, a apertar as mãos, a tirar fotografias sorridentes, como se nada disto existisse. Ou é porque não temos força militar; ou é porque os direitos humanos são para todos, mas não são iguais para todos; ou é porque não temos energia e se nos cortam a luz cegamos.... Lá vamos todos penteadinhos com ar digníssimo, mas sem dignidade nenhuma.

Tuesday, November 28, 2006

Que azar Senhor Major!!!

Acordei hoje de manhã com o Major Valentim Loureiro a falar na TSF. Nada de novo, portanto. Que não, que ele nunca, que isso é coisa de um país de pobres, que é perfeitamente normal que os administradores tenham cartões de crédito das empresas e que gastem o que lhes apetece, que não, que não senhor, que deve ser engano, etc, etc,etc. Ou seja, ninguém duvida, trata-se de mais uma argolada do Senhor Major! Que azar, deve ser coisa de um inimigo qualquer!

Monday, November 27, 2006

And now for something completely different....

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Joelhos, salsa, lábios, mapa.


As letras dormiam na noite inclinada, e eram
silveiras bravas. Por elas
escorregava o sono inclinado: nercúrio,
salsa leve.
Unidas as letras nos cotovelos, unidas
dormindo
nos seus frios joelhos de letras.
Por baixo, os mapas redondos com seu
mercúrios leve e a sua
salsa leve inclinada. Bravias
silveiras escorregando nos mapas.
Meus lábios unidos às letras dormindo.
Esse, isso - cabelo quente,
telha molhada.

...


Excerto do poema "JOELHOS, SALSA, LÁBIOS, MAPA." de Herberto Helder

"Faz-me o favor..."

Há tempos que Cesariny estava bastante doente. Sabia-se que para além disso ele tinha já uma idade avançada... Mas, mal se soube que Cesariny morreu, no próprio dia da sua morte, o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa oportunamente teve uma ideia e fez anúncio inacreditável. Anuncia então o Presidente que vai atribuir o nome de Mário Cesariny a um equipamento cultural qualquer, que ele há-de escolher, porque agora que Cesariny morreu o Presidente descobriu que - diz ele - "A ele e à sua polémica obra devemos parte da contemporaneidade e cosmopolitismo de que Lisboa hoje se orgulha", leio no jornal "Público". Não se aplicaria, nem tenho o direito, mas apetece-me desconstruir e usar as palavras do próprio Cesariny para dizer: "Faz-me o favor de não dizer absolutamente nada! "

Sunday, November 26, 2006

Depois da tristeza a alegria,

ou apenas umas boas gargalhadas. É que não as consegui conter. Anos e anos de estudo para descobrir coisas tão simples. Este post é descaradamente roubado do Blogue da Sabedoria sem pedido prévio de autorização. Nem uma palavra. Trata-se de um blogue qualificado anos a fio com 20 valores! Vai o JG agora importar-se com um roubo descarado destes! Mas há mais, vão ver!

Pornografia ajuda a causar "baby boom" entre os pandas,
um dos animais mais ameaçados de extinção.

«Funciona», diz um entusiasmado Zhang Zhihe, importante especialista chinês,
sobre a técnica de exibir vídeos do acasalamento de pandas a machos virgens. (+)

duas notas de lamento

Recebi há pouco tempo um sms a dizer que morreu Mário Cesariny, hoje de madrugada. Houve uma altura da minha vida em que estudei bastante a obra dele e me assombrei, não tanto com a obra, mas com a capacidade e necessidade de experimentação que lhe conferia uma actualidade e surpresa permanetes e indiscutíveis. Descobri entretanto por sua causa que havia mais sombras do que luz na história relativamente recente do país, e que por isso, Cesariny era uma escolha difícil. "Deixe-o morrer..." Jamais me esquecerei desta frase. E desisti de falar com ele. Não lamento ter desistido. Percebi e como disse descobri com o tempo que o aviso fazia sentido, apenas.


Ontem, fez oito anos (creio) que Nelson Goodman morreu também. Anotei na agenda. Lembrei-me dele por isso. Anotei na agenda porque quis lembrar-me. Nelson Goodman que nunca conheci pessoalmente e com quem nunca desejei falar é, de forma diferente, uma enorme influência na minha forma de compreender as alterações na forma de olhar o mundo ao longo do tempo. Acabei por juntar também os meus aos seus inúmeros olhos para compreender e aprender coisas verdadeiramente simples. Aliás é uma formula terrivelmente simples de ver e compreender os outros, apenas.


Friday, November 24, 2006

20 minutos

O país, como se vê, ora se queima, ora se inunda. Ambos os casos são sem dúvida dramáticos. É indiscutível. Se não tivesse chovido tanto hoje, o que noticiariam hoje os telejornais? Imagino que nada não pudesse ter sido dispensado, como julgo que foi. Com tanta informação, a toda a hora, com assuntos que se repetem até à exaustão, será que é inviável um telejornal da noite objectivo e simples que não ultrapasse os 20 minutos?

continuação do post anterior

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Esta é uma imagem clássica do Porto. Um mosaico que se fixa e jamais se esquece. Apesar da simplicidade é das minhas fotografias favoritas. O dia tinha uma luz fabulosa e aproximava-se o fim de tarde, altura do dia que por si só resulta em excelentes fotografias. E se quiserem uma outra versão bem mais original, vejam aqui.

Para os meus blogamigos do Porto a preto e branco

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