Wednesday, May 31, 2006

Ilusão?



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De repente parecemos mesmo um brinquedo.

A mesma fé une e separa

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Tuesday, May 30, 2006

"diz tudo o que te vier a cabeça"

Acabo de ver um anúncio publicitário da TMN em que várias mulheres bofeteiam homens, sob um slogan do género: "diz tudo o que te vier a cabeça". Confesso que não vi o spot desde o início, logo não sei se as bofetadas podem, por inédita razão, ter graça. Independentemente de fazer ou não sentido, esta é mais uma a escolha absolutamente infeliz e estúpida.

Representação estética e literal do meu blogue

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Monday, May 29, 2006

A opinião segundo a opinião como formulação do conhecimento colectivo

Hoje vi o António Vitorino na televisão. Ver é o termo certo. Não ouvi rigorosamente nada do que ele disse, porque as minhas filhas falam altíssimo e imenso, sempre que quero ouvir qualquer coisa na televisão e também porque, alheia à confusão, dei comigo a pensar no motivo que terá levado António Vitorino a aceitar aquele convite para comentador da actualidade. Duelo? Protagonismo? Dinheiro? Vaidade? ... Creio que ninguém sabe ao certo. Concluí então, que António Vitorino é pago para, obviamente, aumentar as audiências, e para claramente formar a opinião do povo. O mesmo exemplo se aplica ao professor Marcelo. As audiências já todos sabemos o que são, como são, o que movem, etc. A formação de opinião é fácil de explicar: o povo não lê, não estuda, não se actualiza. As maiores audiências verificam-se nos telejornais mais sensacionalistas; assim temos todos os telejornais, sensacionalistas. É preciso que no meio desta ignóbil realidade, haja um mínimo sentimento de pudor que desencadeie alguma alternativa capaz de criar a ilusão de reconciliação do ponto de vista ético entre a profissão de jornalista, o jornalismo em geral e portanto a sua função na sociedade. A própria televisão sabe que as suas notícias não informam, não são esclarecedoras, não tratam os temas com o rigor devido, basicamente não são notícia, não têm credibilidade, não informam. Os telejornais são uma espécie de espaço publicitário da desgraça, do horror, da tragédia, da infelicidade, do alheio, do intransmissível, totalmente desaconselhado a menores. Mas, o povo gosta e vê, embora não aprenda, nem fique informado de nada. Os comentadores surgem assim, como uma espécie de fórmula mágica. Com eles de repente tudo parece fazer sentido, tudo parece ter uma explicação, afinal é tudo relativamente simples, e o jornalismo faz airosamente a sua fuga em frente. No fundo, os comentadores são os nossos explicadores, o que equivale a dizer os explicadores do povo. Por um lado, nós somos maus alunos, mas também é evidente que os professores não dão bem a matéria. Não se corrigindo nenhum destes dois, surge um derradeiro terceiro interveniente salvador, os referidos comentadores, que actuam com excelência e eloquência na arte de instruir, de tal forma que mantemos asseguradas notas altas no teste de opinião sobre tudo e todos, fingindo, com segurança de sofista, profundas reflexões sobre as coisas deste mundo e do país. Finalmente, fica para mim claro que, ambos os comentadores Vitorino e Marcelo têm estado bem. O nível de exigência que se pede ao comentador de TV está basicamente ao nível daquilo que se pretende que o povo saiba.

A nova história do rio

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já era assim em 1999...

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É popular, é bom!

Sunday, May 28, 2006

Labirinto

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ou O Percurso da Fuga

Policromados


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Nota: Praia de São Julião, Sintra

O Cabo Raso e a Praia do Guincho

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Saturday, May 27, 2006

Três notas num sábado ardente

Hoje, apesar de eu ter uma relação mais de ódio do que de amor com o calor, enfrentei o bafo quente e pesado e fui de manhã até à Baixa Lisboeta. Entre algumas compras e um curto passeio fiquei mais convencida da animação que as vacas vieram dar às ruas lisboetas. Os turistas, inúmeros, fazem fila de espera para as fotografias com as vacas mais engraçadas e as crianças perdem-se, numa espécie de "rodeo", para conseguir trepar por uma vaca e sentar-se em cima dela, o que finalmente nos pode fazer acreditar na interacção corpo a corpo com a arte. Para algum espanto meu, vi uma série de turistas portugueses vestidos de turistas, calções, sandálias, chapéu, máquina fotográfica e essas coisas à descoberta de Lisboa, uns desorientados, outros com mapa na mão, outros sentados nas esplanadas a ver outros turistas passar e a dizer mal de tudo e de todos. Fiquei contente. Vale bem a pena vir passar uns dias a Lisboa. Por minutos, sentei-me numas escadas à sombra a descansar e ouvi, sem querer, um excerto de uma leve discussão entre dois homens, sentados uns degraus mais acima, sobre Timor. Fiquei a pensar que não sei bem que obrigação é esta de ir a correr para Timor com a GNR, mal preparada e nós sem dinheiro. Fiquei a pensar que, na verdade, não tenho opinião sobre isto, mas penso sobre o assunto Timor e penso, que por um lado, eles pediram ajuda, participámos na libertação de Timor, de alguma forma na reconstrução, agora, o esperado, aconteceu e também porque não sabemos ou não podemos recusar, lá teremos de ir dar uma mãozinha; mas por outro lado, não percebo bem o sentido de "obrigatoriedade" moral, histórica, de amizade, ou outra, que esta ajuda tem para nós.

Apetece-me sempre a Sophia. Apeteceu-me este hoje

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Pudesse eu não ter laços nem limites
Ó vida de mil faces transbordantes
Para poder responder aos teus convites
Suspensos na surpresa dos instantes!

Sophia de Mello Breyner


Mais um clássico de um fim de tarde de muito calor

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Especialmente (prometido) para a Sinapse,

para que venha cá tomar um café sempre que lhe apetecer. É só pegar numa chávena e servir-se. Há chávenas e café para quem quiser, mas hoje terão de ir pedir autorização à Sinapse...


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Sem título, mas à espera de um título.

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Friday, May 26, 2006

Diálogo ao fim da tarde

- Mamã, sabes o que é uma batata?
- Como?
- Se-sabes-o-que-é-uma-ba-ta-ta?
- Diz lá o que é uma batata. ..
- É um ve-ge-TAL!!!
- Hummm. (um vegetal?) Aprendeste isso na escola hoje, foi?
- Sim, e uma cenoura também é um vegetal, pois é? E uma ervilha também, pois é?. E uma alface também é vegetal, e....
- Bem, tu sabes muito Sofia!!
- E sabes? Eu não gosto de ve-ge-taaais....
- Nããão? Ah pois é, mas...
- ...não gosto de batata, não gosto de cenoura, não gosto de ervilha, não gosto de sopa...
- Não? Então de que é que tu gostas?
- Gosto de ce-re-AIS!!
- (Atónita) ahhh... sim? ...por exemplo? Dá lá um exemplo de um cereal.
- Arrooooz, maaaaassa..., massa verde, massa amarela, massa cor de laranja, esparguete, Corn Flakes, ...
- ....

Nem só de Futebol vive o povo

O Semanário Económico traz esta maravilha de notícia, da qual fica aqui este resumo que também encontram online, aqui.

"Portugal aposta nos shoppings

Estão previstos mais 548 mil m2 de área bruta locável até 2007

Portugal subiu dois lugares no ranking dos países da Europa em relação a projectos para novos centros comerciais até 2007."

Inventário de obsessões

Hoje acordei com esta música no ouvido e no ouvido permanece até ao momento. Permanece no melhor registo de jazz que conheço, na voz inigualável do meu predilecto Johnny Hartman.


These Foolish Things

A cigarette that bears a lipstick's traces
An airline ticket to romantic places
And still my heart has wings
These foolish things remind me of you

A tinkling piano in the next apartment
Those stumbling words that told you what my heart meant
A fairground's painted swings
These foolish things remind me of you

You came, you saw, you conquered me
When you did that to meI knew somehow this had to be

The winds of March that make my heart a dancer
A telephone that rings but who's to answer?
Oh, how the ghost of you clings
These foolish things remind me of you

The smile of Turner and the scent of roses
The waiters whistling as the last bar closes
The song that Crosby sings
These foolish things remind me of you

Thursday, May 25, 2006

do quotidiano

O pretexto para estas fotografias vem daqui e daqui.




(TR)

Relembrando mais convicções sem preço

Wednesday, May 24, 2006

Era assim que me apetecia ter passado a tarde...

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Convicções sem preço

Luandino Vieira, escritor angolano que desconheço, ganhou e recusou o maior prémio literário atribuído pelo nosso país, o "Prémio Camões", cujo valor é de cem mil euros.

Segundo palavras do escritor, as razões são "pessoais, íntimas". E isto basta.

Ouvi na rádio, por fontes próximas do escritor, que Luandino Vieira decidiu há muito tempo recusar para si também, as questões banais e mundanas da sociedade actual, optando por viver isolado.

Fico algo comovida com isto. Não conheço o Luandino, nunca li nada dele, e posso estar errada, mas parece-me tão difícil recusar um prémio destes, ainda que haja motivos fortes... Creio tratar-se de um exemplo ímpar de honestidade, seja ela de que tipo for.

O acontecimento é tão pouco comum que o Ministério da Cultura não faz ideia de como contornar a questão.

Tuesday, May 23, 2006

Os únicos Amores Perfeitos que faltavam.

Neste caso, a falta de estrutura física não importa.

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Escolham a cor.

Monday, May 22, 2006

Estarei a sonhar

ou estou mesmo a ouvir o Manuel Maria Carrilho a explicar mais uma vez em directo a sua derrota no Prós & Contras? Ainda se converte num Case Study. Falta saber é de quê...

A propósito de Futebol, Bandeira, Mulheres, BES, SIC, Federação, Mundial, etc., culminando em MUNDO, FOME, POBREZA, TRISTEZA

leiam este belíssimo post, sobre este tristíssimo tema, de mais um belo blogue que começa: a cor das horas

Nº2

sem açucar, pff.

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Sunday, May 21, 2006

Inventário de Obsessões

Desde o início, até hoje e para todo o sempre.





Giorgio Morandi

"Ler é poder"

Hoje é dia 21, oiço na rádio que a Feira do Livro de Lisboa abre no próximo dia 25. Acabo de chegar a casa e apetece-me dar uma olhadela no site para ver se há alguma novidade de interesse. A três dias do evento, a única novidade que encontramos é que o site encontrar-se-á disponível brevemente. Aqui está ele. Está bem!

Não quero dar ideias mas...

Este fim de semana em conversa com amigos tive uma ideia para o tema do próximo livro do Dan Brown. Trata-se de desvendar os mistérios que envolvem a identidade do Cristóvão Colombo. Arrumava de vez com o assunto e com os historiadores, espanhóis, italianos, portugueses, holandeses, ingleses, e outros que andam há séculos a tentar resolver este terrível problema.

Friday, May 19, 2006

Rumo

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Mais um dia que começa, por sinal o dia que anuncia mais um fim-de-semana que começa.

HOJE HÁ CONQUILHAS!

Fiquei absoluta e incondicionalmente fã do nome do blogue. Tenho-o frequentado nos últimos dias. Finalmente encho-me de coragem, porque se HOJE HÁ CONQUILHAS, AMANHÃ NÃO SABEMOS, então por favor, guarde um lugarzinho para mim, porque eu também adoro e quero conquilhas, sim?

Thursday, May 18, 2006

Andamento nocturnu

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Partilhas

"Devo ser feliz, dizia ele para consigo, é menos alegre do que eu pensava."

Samuel Beckett, em Malone Está a Morrer

BDUrbano

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BDUrbano

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Wednesday, May 17, 2006

O comboio que não vai para lá.

Quando era pequena, tinha um comboio de brincar que partia de uma pequena estação branca e azul, apitava, passava debaixo de uma ponte, rangia enquanto circulava imparável numa curta linha oval e nunca chegava a um destino, porque o destino era a estação branca e azul de onde partem os comboios que apitam, passam debaixo de pontes, rangem, enquanto circulam imparáveis numa curta linha oval, sem nunca encontrar um destino. Mas eu, acordo por vezes a meio da noite e penso nesse lugar. É sempre um lugar difícil, com um rio de um lado e o mar do outro. Penso que as pessoas que correm para o mar são mais puras, ou pelo menos procuram essa pureza só possível precisamente no mar porque no mar se adquire um talento especial para fantasiar com qualidade, para desejar com qualidade e com uma misteriosa liberdade no espírito à qual vulgarmente se chama de inocência. Por isso, penso que é o mar o destino daqueles que apanham o meu comboio de brincar que parte da estação branca e azul de onde partem os comboios que apitam, passam debaixo de pontes, rangem, enquanto circulam imparáveis numa curta linha oval, sem nunca encontrar um destino. Às vezes penso também que só há um momento para este lugar de destino e penso de novo que se trata de um lugar difícil, provavelmente com um rio de um lado e o mar do outro. E eu, que conheço a estação de onde partiu e sei a hora a que o comboio em que sigo partiu, vou nesta viagem circular, que só pode ser de fé, com a dramática e sufocante sensação que apanhei um comboio que, possivelmente, não vai para o mar.

A primeira lei de Newton - caso prático


Comprei um pião de verdade para as minhas filhas e para mim. Preparei o pião debaixo do olhar atento das duas e atirei-o ao chão como soía fazer habilidosamente em criança, talvez com a idade da Sofia (hei-de apurar). O pião, depois do aparente desequilíbrio inicial, rodopiava certinho, a uma velocidade aparentemente constante em torno do seu eixo e sem sair do lugar. Levantei-o do chão, por entre os dedos da mão e deixei-o rolar até à palma da minha mão, onde o pião continuava a rodar furiosamente. As minhas filhas estavam de olhos esbugalhados, atónitas, incrédulas e mudas, durante os três ou quatro minutos em que o pião rodopiava velozmente sem parar na palma da minha mão. Assim que desfaleceu desataram aos gritos de "- faz outra vez!", uma, e "- posso tentar mamã!", a outra. A brincadeira repetiu-se umas duas ou três vezes e passo o pião para a mão da Sofia. Começo a enrolar cuidadosamente o cordel à volta. Explico a ambas a função dos dedos para pegar bem no pião e mando-a atirar o pião ao chão com força. Ela assim fez. Esqueci-me que o cordão era muito grande para ela, pelo que o pião bateu no chão que era de madeira, saltou e foi bater também violentamente na parede fazendo-nos fugir a todos. Então, percebi que aquele pião de madeira com aquele bico de metal, igual aos que eu tivera e que adorava na idade da Sofia, é um brinquedo hoje impossível para as minhas filhas. Deixei-as brincar mais algum tempo sem alimentar, nem incentivar as suas investidas naquele chão quase perfeito de madeira e que seria perfeito em terra batida. À décima tentativa falhada, desistiram. Assim, que ambas desviaram a atenção para qualquer outra coisa, eu, confesso, fui esconder o pião tristíssima, mas sem perder a esperança de um dia poder voltar a ensinar-lhes a atirar o pião e a jogar com elas.

Para outro título, comente.



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Sal e Pimenta

Tuesday, May 16, 2006

*


Fot.1 - A simplicidade é uma coisa complicada

Magnífico regresso à cidade de Lisboa

Vejo na TV a inauguração do Campo Pequeno. Uma desenvergonhada publicidade a um Centro Comercial. Uma desavergonhada publicidade a figuras tristes das revistas cor-de-rosa. Quem é que pediu para ver isto? Será que ninguém acha isto insultuoso? Acham isto normal?

Monday, May 15, 2006

Obsessões...

(TR)

Em “Escadas e metafísica”, lê-se: “Quando voltei a Lisboa já não queria ir para a pensão. Estava farto de empregados do comércio e funcionários públicos. Apetecia-me ficar só. Comer aqui e ali em pequenas restaurantes e, no quarto, à noite, fumar um cigarro à janela, folhear um tratado de arqueologia. Não sentir ninguém nem falar nem me ver obrigado à condescendência ou à fraternidade. Sou um neurótico, vê-se logo. Um egoísta. Deixem-me. Não vou amar o mundo. (...)”.


Herberto Helder

Mais um navio que penteia o rio.


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conversa absurda

- Olha lá, és capaz de guardar um segredo?
- (????) Que conversa é essa?
- (em tom de súplica) - És ou não?
- Então??!!.... não sei... conta lá...
- Ó pá, diz lá que sim, de outra forma não consigo contar!
- É grave?
- ...

Tristes verdades

Isto é tão mau, que até me apetece enviar para lá umas fotografias...

(sinto-me uma possível navegadora salvadora. É o meu altruísmo a funcionar para o pior, neste caso. É, na verade apenas uma boa intenção. É este o campo da minha generosidade para esta desgraça!)

Sunday, May 14, 2006

Alguém confirma ou desmente?

O problema do dia

Isto que se vê aqui a amarelo é uma UNIvolt, PC-606, 35mm, free focus, sem qualquer rolo fotográfico. É nem mais nem menos do que a máquina fotográfica inseparável da Sofia sempre que vamos passear.

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E não, não fui eu que lha comprei. Um dia, de manhã cedo a caminho da escola da Sofia, o dono de uma loja de material eléctrico de uma rua transversal à nossa, por onde passamos diariamente, perguntou à Sofia se a mãe já lhe tinha comprado uma máquina fotográfica. Ela responde que não. Ele pede para esperar, entra na loja e quando volta, traz na mão esta maravilha embrulhada. Era um presente para a Sofia. A Sofia ficou absolutamente radiante. Talvez por se tratar de uma surpresa completamente inesperada, creio ter-se tratado também de um dos presentes mais importantes da vida dela, até ao momento. Desde essa altura que a Sofia é a minha inseparável companhia nos meus passeios para fotografar. A máquina dela nunca viu um rolo fotográfico, complemento cuja existência ela desconhece. Desde há algum tempo, há uma queixa esporádica: não ter visor para ver as fotografias que tira, contudo este irremediável defeito da sua Univolt é compensado com umas olhadelas no monitor da minha máquina às minhas fotografias, que frequentemente são as mesmas que ela tira e sente-se contente com isso. Nunca lhe conheci qualquer outra queixa. A máquina é leve, cai e não parte, bate em todos os lados e nada lhe acontece e é amarela, fácil de encontrar quando não sabe onde a deixou. Para a Sofia o maravilhoso prazer em fotografar está em olhar pelo visor, conseguir enquadrar, pressionar o botão e ouvir o disparo que anuncia que acabamos de tirar uma fotografia.
Hoje, fomos fazer um passeio que andava a planear fazer há algum tempo, fomos visitar a Tapada de Mafra. Duas interessantes horas de comboio a ver veados, javalis, águias, etc. A Sofia, sempre a disparar em todas as direcções, a dada altura olha-me muito séria e diz-me o seguinte:

- Mamã, quero uma máquina digital!
- (????) O que é uma máquina digital, Sofia?
- É com isto de se ver a fotografia, que tu tens na tua! (e aponta o monitor)
- ....

Saturday, May 13, 2006

Maiden Voyage

Dedicado ao Carlos. Espero que os deuses tenham sido compassivos permitindo alguns minutos de descanso, quiçá à bolina...

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Viver - Espreitem...

aqui. São lindos de morrer e têm uma voz fabulosa!!


Fragilidades (remake)

Ninguém os trouxe para casa, salvo seja...

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made with FLICKR toys

Friday, May 12, 2006

Fragilidades

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Comment and add a title

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Thursday, May 11, 2006

Quando a emenda é pior do que o soneto

Não era mais giro se o filósofo e o homem de cultura que há nele tivesse feito um livro de poemas?


A ordem perdida de Jackson Pollock

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Solenes embirrações (pergunta idiota ao fim do dia)

Para além de não achar qualquer graça à ideia e à pergunta, como é que posso escolher "o livro da minha vida", "o filme da minha vida", ou o que quer que seja "da minha vida" se ainda não atingi sequer metade da esperança de vida das mulheres na União Europeia, por exemplo?

Desculpem, mas....

Importam-se de dar os PARABÉNS à Leonor que faz hoje 2 anos? Obrigada.

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Wednesday, May 10, 2006

Hard Rock Lisboa

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Na verdade e pensando bem, está aqui tão perto de mim e nunca fui ao Hard Rock Lisboa... Fica aqui a fotografia porque gosto dela. Aliás, felizmente este magnífico edifício, antigo cinema Condes, é hoje o Hard Rock Café!

Reflexões à margem

Suspeito que o inteligente presidente do Irão se prepara para, com grande nível, complicar as intenções bélicas e os planos hipócritas de salvação do mundo de George W. Bush.

Estudo a preto e branco sobre uma estrutura urbana a preto e branco

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Momento do dia (até ao momento)

Entro num táxi. O taxista é um homem de meia-idade. Tem logo uma condução despachada, o que me agrada durante os primeiros minutos. Tem também um ar bem disposto. Digamos que simpatizei com ele. Mas, quando passa o terceiro semáforo já no vermelho junto ao Saldanha, digo-lhe:
- Desculpe, importa-se de parar nos sinais vermelhos?
Ao que ele, põe quase bruscamente o pé no travão, abranda e responde com pronúncia claramente alentejana:
- Desculpe, é que o semáforo hoje parece que encarna muito depressa, na sei porquê... Mas tanbém na quero que s'assuste e na quero ter nenhum acidente. Desculpe.
Passados uns minutos, já com uma condução muito mais "soft", veio a confissão:
- Sabe, é que eu há pouco fiz um serviço ali prós lados de Carcavelos e naquela praia que na sei agora coméque se chama, estava tanta gente, mas tanta gente na praia e a tomar banho..., a praia estava tan cheia qu'eu pensei: mas porqué que eu na posso estar ali tanbém? Que raio de vida... E olhe abalei a acelerar... já que na podia levar co vento do mar, abro as janelas e levo có este vento na cara... - (enquanto dizia isto, sorria, olhava-me pelo espelho retrovisor para testar a minha disposição, encolhia os ombros e levantava a sobrancelhas) - có este calor, olhe, na é a mesma coisa, mas sabe bem e pronto, engana a gente, na é?
E riu-se. E eu, não me contive e ri também.

Tuesday, May 09, 2006

domínio conceptual

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sobre a geometria da luz



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Monday, May 08, 2006

A vida

A importância do intervalo, aqui.

Constrangimento

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Sinais dos tempos


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Inventário de Obsessões: Uma explicação para o meu sentimento de "Belo Urbano"

As Multidões

"Nem a todos é dado o prazer de tomar um banho de multidão; gozar a turba é uma arte; e só pode fazer um festim de vitalidade à custa do género humano aquele a quem a fada insuflou no berço o gosto do disfarçe e da máscara, o ódio ao domicílio e a paixão pelas viagens.

Multidão, solidão: termos iguais para o poeta activo e fecundo. Quem não sabe povoar a sua própria solidão, também não sabe estar no meio de uma multidão afadigada.

(...)"

Charles Baudelaire, em Spleen de Paris


(Talvez continue ...)

Este, é um excerto de "As Multidões" do "Spleen de Paris" de Charles Baudelaire. E apesar de na obra "Spleen de Paris", tal como em "As flores do Mal" (obra que, confesso, não aprecio muito), coexistirem sentimentos que podem ir do horror mais profundo ao mais belo e leve lirismo, este trabalho, talvez pela sua forte ligação à cidade e à vida urbana com a qual me identifico, é por isso mesmo, o meu predilecto.


Sunday, May 07, 2006

E finalmente, o momento ternurento do dia

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Palavras para quê?

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Teoria dos sons e das cores - Ericeira







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